sábado, 7 de setembro de 2013

BRASIL, TERRA DE SANTA CRUZ - 7 DE SETEMBRO


O Brasil, a “Terra de Santa Cruz”, não pode perder os valores da sua origem católica. Nesta data, em que se comemora a nossa Independência, é tempo de fazer uma reflexão sobre o nosso papel de brasileiros católicos.

Em uma palestra sobre comunicação em rede, ouvi de um professor doutor, que por sinal era adventista, que a única força institucional que poderia mudar os rumos do país, caso se articulasse em rede, seria a Igreja Católica, em decorrência da sua capilaridade em todo o território nacional. Essa é uma missão para todos os leigos católicos.

Dois eixos de preocupações devem nortear a ação política católica: uma política, que garanta a vida, e vida em abundância, da concepção à morte natural; a outra, a participação de todos – o ser humano como sujeito de decisões.

Em todo o mundo, a democracia representativa está em crise. Os políticos, em sua maioria, deixam de representar seus eleitores para se locupletar, atendendo a interesses escusos. A corrupção é uma chaga.

Hoje, fala-se em reforma política, entendendo-se como reforma eleitoral. Dá para desconfiar um partido mudar as regras eleitorais no meio do jogo. Não é isento. Desde 2010, no entanto, a CNBB já se preocupava com a questão, e lançou o documento 101 – “Por uma reforma do Estado com participação democrática”. O Documento de Aparecida também traz importantes conteúdos para prática política dos católicos, além da riqueza metodológica do “Ver, Julgar e Agir”, que também é utilizada pelas Campanhas da Fraternidade. Conteúdo e orientação, portanto, não nos faltam.

O marketing eleitoral, fruto da sociedade do espetáculo, cria projetos apelativos, com grande potencial midiático – douram pílulas. Exemplo recente, o trem-bala que, sem estudo de viabilidade, já custa um bilhão. A comunidade da Rocinha pede saneamento em vez de teleféricos. O nosso país precisa de políticas públicas de curto, médio e longo prazo, baseadas em diagnósticos (Ver), em análise de prioridades (Julgar) e execução (Agir).

Temos uma oportunidade, hoje, com as redes sociais, de nos articularmos, em todo território nacional, para discutirmos os problemas. Precisamos estar em contínuo processo de mobilização, claro, dentro da ordem e do respeito institucional. Não se pode retroceder no processo democrático, conquista de tantas gerações.

Os católicos devem ocupar os espaços nos conselhos paritários (de saúde, de segurança, de proteção à criança e ao adolescente etc.). A Arquidiocese do Rio de Janeiro prepara cidadãos para essa atuação.

Lamentavelmente, não temos uma bancada de políticos católicos. O político, hoje, não tem uma boa imagem. É difícil para uma mãe encorajar seu filho para essa missão – mas é preciso que a nossa juventude ocupe esses espaços, pois como disse o Papa Francisco, “a política é a mais alta forma de caridade”. E disse também que “o poder teme os homens que estão em diálogo com Deus”.

Que, na celebração da semana da pátria, nós católicos façamos uma revisão da nossa participação política, de sorte a não esquecermos as nossas raízes de Terra de Santa Cruz.


Fonte: Jornal "O Redentor" - setembro de 2013
           Ana Maria Galheigo - PasCom/Santo Afonso

                                           Legião de Maria 

Um comentário:

  1. Boa tarde!!
    Neste dia dedicado a Oração e Jejum pela Síria venho divulgar um novo blog para propagação da palavra do Senhor:
    http://botefeamor.blogspot.com.br/
    O amor de Deus é maravilhoso.
    Abraços Fraternos!!!

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